As campanhas suíças de prevenção à aids ficaram famosas pelas polêmicas que vêm causando desde 1985, quando foram produzidas pela primeira vez. Na semana passada, novos outdoors começaram a ser vistos pelas ruas do país. Produzida para conscientizar as pessoas que saem de férias, executiv@s em viagem de negócios e baladeir@s compulsiv@s, a campanha agrega senso de humor, lirismo e atitude.
Em um deles, um casal gay de astronautas faz sexo na lua. No outro, um pesquisador heterossexual faz sexo com sua assistente dentro de uma caverna. Em outro, um casal de mergulhadores, também heterossexual, transa no fundo do mar. E, no último cartaz, Tarzan faz sexo com Jane no meio da selva.
A iniciativa do governo suíço em parceria com a Aids-Hilfe foi lançada na semana passada e está provocando a já tradicional polêmica. Segundo a versão em português da Swiss Info, o jurista Sigmund Pugatsch, de Zurique, classificou os cartazes como “obscenos”. Para ele, os outdoors são “representações que transgridem os limites da moral e da ética”, embora compreenda a intenção explícita da apelação.
Já no filme publicitário produzido para a TV, em 2006, duas mulheres lutam esgrima sem proteção, motociclistas correm sem capacete e jogadores de hóquei no gelo disputam um jogo sem a devida proteção. Todos os esportistas do comercial são exibidos nus. Não se vê nada além dos seios e parte das nádegas dos homens. A mensagem fica clara no final da peça, quando a legenda diz “no action without protection”, algo como “não faça nada sem proteção”.
Lá vem o Brasil, descendo a ladeira...
Uma das propostas da campanha brasileira para o Carnaval deste ano, não aprovada, deveria mostrar a cópula de animais e, no final, diria que no mundo animal, o uso da camisinha era dispensável, já no mundo humano, o hábito de usar preservativos era uma lição de vida. Infelizmente a campanha não foi aprovada por assessores do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde.
Na atual campanha de prevenção à aids entre gays, travestis e homens que fazem sexo com outros homens, só faltou colocar o rapaz nu de braços abertos, uma referência pra lá de clara a uma certa crucificação ocorrida, segundo a lenda, há mais de dois mil anos. Infelizmente, por aqui, a polêmica ficou com o piano, o Bráulio e a Kelly Key.
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