segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Artistas posam com jovens com HIV contra o preconceito

Nesta quarta-feira, dia 1º de dezembro, o Ministério da Saúde lança mais uma campanha em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, o que se tornou um bom motivo para atualizar o blog, que desde junho não tem atualização.


Na segunda semana de novembro, artistas como Bruno Gagliasso, Adriana Esteves, Reynaldo Gianecchini, Cauã Raymond, Graziela Massafera, entre outros, posaram para fotos com 15 jovens de todo o Brasil que vivem com HIV e Aids. Os artistas foram fotografados em cenas de abraço, de beijo, enfim, de afeto, e representam proximidade e solidariedade. A ideia é demonstrar que amor, carinho e respeito não transmitem Aids. As fotos da campanha resultarão numa exposição itinerante que vai percorrer o país, a começar por Brasília e Fortaleza.


Com o tema “Somos Iguais. Preconceito não”, a ação visa desfazer mitos da população brasileira, revelados nacionalmente por meio de pesquisa do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, sobre comportamento sexual da população brasileira, segundo a qual 13% acreditam que uma professora portadora do vírus da Aids não pode dar aulas em qualquer escola, 22,5% afirmam que não se pode comprar legumes e verduras em um local onde trabalha um portador do HIV, e 19% acreditam que, se uma pessoa de uma família ficasse doente de Aids, não deveria ser cuidada na casa da família.


Aos nove anos ela contraiu HIV porque ainda tomava o leite da mãe. Amanda Andrade (na foto, com Reynaldo Gianecchini), de 18 anos de idade, é moradora de Florianópolis (SC). Ela perdeu a mãe por conta da Aids, trabalha, tem namorado e leva uma vida como a de qualquer jovem. Hoje nem toma mais antirretrovirais, pois sua carga viral está em níveis estáveis.


Por ano, são registrados cerca de oito mil casos de Aids em jovens de 13 a 29 anos. Embora tenham a doença, têm também vida e muitos desafios pela frente. Conseguir um trabalho, manter os laços de amizade com os familiares e amigos e serem enxergados como qualquer jovem e não como diferentes. (Fotos: Magda Fernandes / Ascom-Aids)