Em LIVING 2012 as PVHA também apelaram à comunidade
de pessoas que vivem com HIV para incluírem em seu ativismo e liderança a
capacidade de efetivamente atender as necessidades de todas as pessoas vivendo
com HIV/AIDS, especialmente jovens, mulheres e membros das populações-chave,
como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas que usam
drogas.
“LIVING 2012 foi uma
oportunidade incrível para as pessoas que vivem com HIV discutirem as questões mais
importantes para todos nós”, disse Kevin Moody, presidente da Rede Global de
Pessoas Vivendo com HIV (GNP +). “Essas reuniões globais são essenciais para
determinar o terreno comum entre as pessoas que vivem com HIV e para definir
como a resposta ao HIV pode ser mais eficaz, eficiente e inclusiva”, refletiu.
Os debates
centraram-se em três áreas de interesse para as PVHA: acesso ao tratamento,
prevenção, cuidados e apoio; Direitos Humanos, e Desenvolvimento da Comunidade
e Ativismo. Em torno desses temas, as PVHA pediram leis de proteção a ser
implementadas, executadas e monitoradas por todas as nações. A proteção aos
direitos humanos deve incluir a igualdade para as mulheres, os homens que fazem
sexo com homens e as populações LGBT, pessoas profissionais do sexo e pessoas
que usam drogas. Houve consenso de que o estigma e a discriminação, em
particular a criminalização do HIV, violam a dignidade humana e impedem a
resposta ao HIV em todos os níveis.
As PVHA participantes
de LIVING 2012 relataram diferentes experiências relacionadas ao acesso ao
tratamento, prevenção, cuidados e apoio. No entanto, houve uma forte concordância
que o acesso ao tratamento de qualidade e prevenção deve estar disponível para
todas as pessoas, inclusive de todas as populações mais vulneráveis. Este
acesso só pode ser realizado de forma eficaz quando acontece sob a égide de
Saúde Positiva, Dignidade e Prevenção.
Embora os efeitos
preventivos do tratamento de qualidade sejam uma excelente oportunidade para se
evitar novas infecções, não houve consenso sobre o tema devido às preocupações
com a falta de evidência científica para a eficácia do tratamento precoce. Envolvidas ainda questões sobre possíveis violações aos direitos humanos, além da
necessidade de concentrar, em primeiro lugar, o acesso ao tratamento com base nas
necessidades médicas das pessoas que vivem com HIV.
Participantes LIVING2012 apresentaram essas
mensagens para discussão em AIDS 2012 destacando as necessidades reais das PVHA
durante os workshops e outras
sessões. Além disso levaram de volta a suas comunidades esta experiência de
aprendizagem combinadas a mensagens de advocacy.
LIVING 2012,
13ª Conferência Internacional de Pessoas que Vivem com HIV, foi organizado pela Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV (GNP+). Sabia mais em www.living2012.org.