terça-feira, 20 de maio de 2008

HIV, 25 anos depois

“Gostaria de festejar com vocês o fim da Aids, ao invés dos 25 anos do descobrimento do vírus.”
Luc Montagnier, co-descobridor do vírus da imunodeficiência humana (HIV), ontem, no Instituto Pasteur, em Paris. Em 20 de maio de 1983, a revista “Science” publicava o artigo do isolamento do vírus, ainda sob a denominação de LAV.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Portugal dá tom dramático à campanha de aids

Em outubro do ano passado, os cinemas e a TV portuguesa exibiram o filme “5 razões para não usar preservativo”. Escrito, produzido e realizado pela Monomito Argumentistas para a campanha de uso do preservativo do Alto Comissariado da Saúde de Portugal, o roteiro coloca uma boa dose de realismo para sensibilizar a população para o uso da camisinha.



As razões para o não uso do preservativo: corta o momento, tira o prazer, é desconfortável, é difícil de colocar e reduz a sensibilidade, são colocadas com cenas que fazem analogia às razões. O momento é o da paixão de um casal que se entrega ao desejo depois de uma romântica fondue de chocolate com vinho.

O desconforto é associado ao momento em que uma jovem mulher recebe o diagnóstico positivo para o HIV. A dificuldade de colocar é associada àquela pela qual passam muitas das pessoas vivendo com HIV e aids (PVHA) na hora de tomar o medicamento.

Duas cenas ficaram soltas: a associação da coleta de sangue ao suposto desprazer por usar o preservativo e a que o ator Bruno Nogueira interpreta um doente de aids à beira da morte, cheio de sarcomas espalhados pelo corpo, associada à redução da sensibilidade.

A maioria dos 54 comentários sobre o filme, na página da Monomito no You Tube, elogiam a produção pela sensibilidade, violência e realismo, basicamente. Ao final, o filme pede ao telespectador que pense duas vezes, que se aventure e use o preservativo.

Apesar do tom dramático que a música dá ao filme, minhas restrições vão apenas para as cenas já descritas. Não que seja impossível encontrar, nos dias de hoje, um doente de aids à beira da morte no estado mostrado, mas é difícil. Essa não é mais a cara da aids. Mas os portugueses foram sensibilizados.