Para Araújo e Cardoso, o campo da C&S engloba, além da comunicação e da saúde, a ciência e tecnologia, políticas públicas, informação, educação popular e movimentos sociais. Como elas escrevem, o livro não parte de “uma perspectiva que vê a comunicação como um conjunto de instrumentos a serviço dos objetivos da saúde”, mas de um ponto de vista bourdiano no qual “os limites dos campos são indefinidos e porosos, porque são demarcados pelos efeitos que produzem em conjunturas específicas”.
Neste pequeno livro, além da definição do campo da C&S, as autoras trazem reflexões de como a Comunicação interage com os princípios doutrinários (universalidade, eqüidade e integralidade) e organizativos (descentralização, hierarquização e participação) do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo afirmam as autoras, não podemos “tratar a comunicação no campo da saúde coletiva como se fosse numa empresa comercial”. Ou seja, não podemos “vender” a C&S como se fosse uma nova marca de cerveja ou de um novo modelo de automóvel.
A C&S parte do princípio que não podemos dissociar a comunicação da noção de direito, pois é dirigida a cidadãos. Nesta perspectiva, “objetiva o aperfeiçoamento de um sistema público de saúde em todas as suas dimensões e a participação efetiva das pessoas na construção dessa possibilidade”.
Publicado pela Editora Fiocruz para a coleção Temas em Saúde, “Comunicação e Saúde” custa apenas R$ 15 e pode ser encontrado nas livrarias ou pela Internet.
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