Pode ser excitante ver uma cena de sexo explícito num filme pornô gay no qual os atores não usam camisinha. Mas, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros (GLBT) precisam responder ao que a indústria do bareback vem promovendo no incentivo a práticas de sexo desprotegido. E a reação tem de ser contundente.
As notícias divulgadas hoje pela BBC trazem à tona uma prática que já têm adeptos no Brasil. E vem a reboque das informações difundidas na semana passada, na qual jovens estariam ingerindo antiretrovirais (ARV) antes (Época) e depois (Revista da Semana) de baladas sexuais desprotegidas.
Na Internet, centenas de sites gays distribuem gratuitamente trechos de cenas com atores fazendo sexo sem camisinha. As íntegras das cenas e até os filmes inteiros estão disponíveis on demand.
A prática do bareback, que literalmente significa cavalgar sem sela, tornou-se sinônimo de fazer sexo sem camisinha a partir da segunda metade da década de 1990. Surgida entre a comunidade gay norte-americana que não viu as vítimas da aids pré-coquetel de ARV, virou ideologia de rebeldes sem causa.
No Brasil, o Ministério da Saúde garante que pessoas que tiveram relações desprotegidas tenham acesso aos ARV. Mas precisa prescrição e acompanhamento médico. Essa diretriz não pode e não deve ser banalizada assim, pela irresponsabilidade de alguns poucos, sejam homo ou heterossexuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário