O jornal Folha de São Paulo traz a informação que a cidade, uma das quatro mais populosas do planeta, possui uma câmera para cada 16 habitantes. A matéria foi reproduzida na Folha Online. Segundo a reportagem, os dados “conservadores” são da Abese, associação das empresas de segurança eletrônica. “No momento em que sai de casa, todo mundo já passa a ser gravado. Tudo é possível de ser monitorado”, disse a presidente da entidade Selma Migliori ao repórter.
Pode ser. Mas, se pelo menos uma dessas câmeras, instalada há mais de um ano, estivesse em funcionamento, o atentado a bomba que sofreram participantes da 13ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo – a maior do mundo – teria sido registrado. A câmera instalada e ainda não ligada está bem na esquina do Largo do Arouche com a avenida Vieira de Carvalho, a menos de dez metros de um trailer policial e a poucos metros de onde ocorreu o atentado.
Obviamente que o poder público municipal tem, por inércia e omissão, responsabilidade no atentado, uma vez que, se estivesse em funcionamento, seria infinitamente mais fácil identificar se a bomba foi ou não atirada do edifício do qual se julga ter sido atirado o projétil caseiro. Esta e outras informações já são de conhecimento da polícia, que para não atrapalhar as investigações, ainda não as divulgou.
Homenagem
Dia 2 de junho passado fui homenageado, ao lado de Lula Ramirez e Denise Coelho, em sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo, por termos iniciado as articulações que deram início à maior Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) do mundo. A íntegra da homenagem, texto da amiga e antropóloga Regina Facchini, pode ser lido no portal da Fundação Perseu Abramo.
Proposta pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a homenagem em sessão solene me deixou muito feliz. Mas, como disse no meu agradecimento, ainda falta muito para que nós, lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, possamos ser tratados pelo Estado e pela população como cidadãos, consumidores e contribuintes. Afinal, parte da homo e transfobia que assola a sociedade brasileira é que deixa vulneráveis a agressões, mortes e à infecção pelo HIV.
Desculpas
Estive estudando para uma prova que prestei no último dia 29 de junho. Tento entrar em um mestrado. Este foi o principal motivo pelo qual não atualizei o blog no mês passado. Por isso, peço desculpas a leitores e leitoras.
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