Nesta sexta-feira (27), apresento este blog no VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST/AIDS, que será realizado de 25 a 28 de junho em Florianópolis (SC). Sob o título de “Blogosfera PositHIVa: uma experiência em rede”, submeti em março à comissão de seleção do Congresso a experiência deste blog e de como ele foi adaptado ao que é hoje. Após o evento, usarei o banner de acesso colocado na barra lateral direita como selo de participação.
Cadastrado em quatro agregadores de blogs, inclusive o mundialmente famoso Technorati, há meses este Saúde e AIDS ganhou a medalha de ouro na categoria Saúde do Yoomp site agregador tão novo quanto o blog. O cadastro nos agregadores é nosso principal método de divulgação. O outro é criar e receber links de blogs de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), cujos links também são encontrados na coluna lateral direita sob o título de “Blogosfera PositHIVa”.
Este blog é PVHA owned & operated, ou seja, é criado e mantido por uma pessoa vivendo com HIV/AIDS. Aqui, opinamos sobre as campanhas de prevenção das DST/AIDS de todo o mundo, e temos começado a opinar também sobre as notícias publicadas a respeito do impacto mundial da epidemia. Além disso, temos tentado contar um pouco de nossa história vivendo com HIV e AIDS, indicar livros, e trazer um pouco de informação qualificada sobre o tema.
Pena que nem tod@s @s noss@s parceir@s de Blogosfera PositHIVa têm regularidade de publicação. Este blog mesmo já teve regularidade maior; felizmente, outras prioridades nos são colocadas mais emergencialmente.
Além da apresentação do blog, fomos convidados para a mesa redonda “Políticas sociais para PVHA no contexto atual”, na qual falaremos sobre Desafios do viver com HIV/Aids e necessidades das PVHA, também no dia 27.
Antecipadamente, gostaria de agradecer pela oportunidade da apresentação. Também quero agradecer @os mais de 2 mil internautas que aqui leram alguns de nossos posts. Agradeço também às minhas maiores incentivadoras (em ordem alfabética): Andrea, Cristina, Naíme e Wildney. Obrigado.
6 comentários:
Olá Paulo, assistindo ao telejornal ouvi e vi a notícia de que um dos cientistas descubridores do virus, não me lembro do nome dele no momento,disse que a equipe do laboratório dele dentro de três anos apresentarão uma vacina para os portadores da doença. Pela cara do homem a notícia parecia animadora, pois os testes estão dando bons resultados e servirá mais eficazmente àqueles que não se contaminaram com novas cepas do vírus. Você ouviu alguma coisa sobre isto? Um abraço e próspera semana!!
Paulo, o tempo em que a vacina ficará pronta ainda é uma incógnita. A notícia que trago do VII Congresso de Prevenção é que a vacina ainda está longe e quando chegar, não terá 100% de eficácia. Abração!
Olá Paulo, sinceramente, você que participa de encontros, congressos, acredita que existe de verdade algum interesse em decobrir uma cura definitiva ou para as indústrias farmacêuticas é melhor criar de tempos em tempo uma nova droga que vai substituir aquela que já não faz tanto efeito para manter os pacientes consumindo e com isso dando altos lucros financeiros por longos anos ainda? Um abraço e ótima semana!
Olá Paulo. Você coloca diversas questões no que escreve, além das explicitadas. Coloca a questão do uso do preservativo como forma de prevenção, a da vida das pessoas que precisam dos medicamentos, a dos lucros dos laboratórios e a das pesquisas.
Cientistas conceituados têm pesquisado novos medicamentos e vacinas. Infelizmente, os recursos destinados aos medicamentos é maior que às vacinas.
Manter pacientes consumindo significa mantê-los vivos. Costumo brincar dizendo que tenho um adolescente de anti-retrovirais no meu fígado...
Outro dia, um amigo disse que vivemos no paraíso se comparados à África. Mas isso é assunto para uma outra postagem.
Abração!
Oi Paulo, entendi sua resposta, obrigado. Mas você falando em África. Aqui no sul tem umas irmãs missionárias que trabalharam em Guiné Bissau e ela disse que a Aids lá atinge famílias inteiras, lá há uma heterossexualização da doença.Disse que é triste ver pessoas definhando sem tratamento e com isso há campos de isolamento para as pessoas morrerem a míngua porque as famílias não tem remédio para tratarem as doenças oportunistas aí abandonam lá. Estes dias ouvindo um debate numa rádio daqui, falando sobre as máquinas de preservativo nas escolas, uma agente da área da saúde disse que em Porto Alegre existe duas adolescentes contaminadas para um adolescente. E ela disse que outro fenômeno que se constata é cada vez mais a heterossexualização da Aids. Você disse que temos de escrever AIDS em maiúsculo novamente para chamar a atenção, e você não exagerou, pois ela está pegando pessoas cada vez mais jovens com novas cepas de vírus. E o governo que abra o olho para o alerta de vocês, pois quando explodir outro "bum" os gastos serão maiores! Um abração!
Obs.: Uma hora destas te mandarei um email se me permitir.
Pois é, Paulo. Em Uganda os homens roubam os anti-retrovirais das mulheres para não ter de ir ao serviço de saúde fazer o tratamento.
Um amigo que trabalhou em Moçambique contou que uma vez chegou medicamentos que ele começou a distribuir. Levou uma bronca porque os remédios eram para os da classe mais alta.
Na Conferência Internacional de Aids de 2006, em Toronto, vi muitos ministros da saúde de países africanos pendurados em ouro e andando de limousine enquanto as mulheres choravam os filhos e maridos mortos.
Também vi o Bill Clinton responder a um repórter que a Fundação Clinton não enviaria mais recursos a determinado país enquanto os preços dos medicamentos genéricos para a AIDS não fossem equiparados ao do resto do mundo. "Pergunte ao presidente do seu país porque ele paga 7x mais pelos medicamentos. Ele pode roubar quem quiser, menos a Fundação que presido", disse o ex-presidente norte-americano.
Estamos no paraíso porque não temos, pelo menos com a AIDS, corrupção. Aqui todas pessoas que precisam têm acesso aos medicamentos, mas não é essa a situação mundial. Dos 6,9 milhões que necessitam de anti-retrovirais no mundo, apenas 3 milhões têm acesso.
Não é apenas no sul que há duas meninas para cada menino infectado. É essa a média do Brasil entre adolescentes de 13 a 19 anos.
Mas não temos que ficar esperando pelo holocausto da AIDS. O que temos de fazer é continuar nosso trabalho de prevenção, incentivando o uso do preservativo e alertando as pessoas que amor não salva ninguém.
Mande o e-mail quando quiser.
Abração!
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