Diferentemente do blog que mantive em outro provedor, neste vou postar comentários relevantes sobre saúde pública, mais especificamente sobre aids. A intenção é trazer, ainda, detalhes sobre viver com HIV, vírus que provoca a aids.
Somos, hoje, mais de 400 mil pessoas vivendo com HIV e aids (PVHA) em tratamento no Brasil. Temos uma responsabilidade imensa perante a sociedade brasileira. A primeira delas é viver, pois é o contribuinte quem paga os caríssimos medicamentos que ingerimos diariamente. A outra é divulgar informações sobre o viver com o vírus.
Se viver não é fácil para ninguém, imagine viver com aids. São mais de três horas da madrugada e ainda não consegui dormir. São os efeitos dos medicamentos. Não conseguimos dormir, não conseguimos acordar. Não, isso não é vitimização, é constatação.
Mas, o pior efeito colateral não é o provocado pelas drogas altamente tóxicas. O pior efeito colateral é o estigma e o preconceito. Estigma provocado por um vírus que infectou, primeiramente, homossexuais, prostitutas, usuários de drogas injetáveis e hemofílicos. Preconceito daqueles que excluem as PVHA do mercado de trabalho _eu mesmo fui excluído do mercado formal há quase 14 anos. Mas isso é uma outra longa história.
Espero trazer aqui contribuições para a conscientização e a reflexão. Principalmente daquelas pessoas que acreditam que a aids é, atualmente, apenas mais uma doença crônica, como uma gripe e que os medicamentos deixam a pessoa bem. A aids é uma doença crônica e os medicamentos nos deixam bem. Exceto quando os efeitos colaterais e adversos nos atacam.
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