sábado, 21 de novembro de 2009

Populações discriminadas pedem respeito em campanha da ONU

Na última segunda-feira (16), estive no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, para o lançamento da campanha Igual a Você, assinada por agências da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil e por segmentos da sociedade civil brasileira (veja abaixo). A realidade de estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis, e usuários de drogas é de enfrentamento do preconceito. Integram a campanha Igual a Você dez filmes de 30 segundos, que tem por objetivos promover a igualdade de direitos de homens, mulheres e crianças que são diariamente discriminadas no Brasil.



Durante a cerimônia de lançamento, agências da ONU que assinam a campanha deram um panorama da realidade de cada população – estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas –, e apresentaram os dez filmes de 30 segundos que integram a campanha. Os filmes estão disponíveis para veiculação em emissoras de televisão de todo o país, e também na página do UNAIDS Brasil no YouTube.



Igual a Você é uma série de filmetes de 30 segundos contra o estigma e o preconceito, dá voz e visibilidade aos direitos humanos das populações-alvo da campanha. Os filmes, produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração diversidades de idade, raça, cor e etnia.

Sensível, Igual a Você tem um texto base para todas as populações retratadas na campanha. Alguns filmes, como o de crianças nas escolas, o de crianças vivendo com HIV/AIDS, o da população negra, o de usuários de drogas e o de refugiados têm textos diferentes, mas tão sensível quanto os outros. Apesar dessa linearidade, na qual os filmes ficaram bastante parecidos, gosto muito do filme de pessoas vivendo com HIV/AIDS (não pelo fato de eu estar nele), o de crianças vivendo com HIV/AIDS e o de prostitutas. É que o tom das falas faz toda a diferença.

Enfim, Igual a Você é uma campanha contra o estigma, o preconceito e a discriminação na qual as populações discriminadas mostram seus rostos e pedem o respeito que merecem da sociedade brasileira.

Assinatura da campanha Igual a Você:
Nações Unidas - UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil)

Sociedade Civil: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+ / MNCP / RNAJVHA) e Rede Brasileira de Prostitutas.

2 comentários:

Henrique Oliveira disse...

Paulo, achei bacaníssima a campanha e sinto-me muito bem representado, enquanto PVHA, quando te vejo falar. Já tinha visto no Youtube e ontem vi uma rápida entrevista tua à Gazeta. E faço um comentário, você está mais bonito! Me responda se são os efeitos de ter voltado a estudar, coisa que sei que gosta de fazer, ou se é por estar morando na cidade maravilhosa... Ou ainda se está ligado a ter vencido a barreira dos 20 anos, impensável 20 anos atrás? Você sempre pioneiro... Ou o maquiador é que era excelente? Parou de fumar? Um grande abraço, forte e caloroso, com enorme admiração.

Paulo Giacomini disse...

Querido Tiago, vc sempre gentil! Obrigado pelo elogio. Não me vejo mais bonito, não. Só me vejo mais velho, sempre. Mas tenho ouvido isso. Acho que é por ter voltado a estudar na Cidade Maravilhosa. O maquiador não fez nada (dá até pra perceber um brilho de falta de maquiagem perto do olho esquerdo...). A entrevista (sobre vacina?) não foi na Band?
Ah, não parei de fumar.
Também sou teu admirador incondicional, viu? E saiba que em nossa blogosfera positHIVa, tu és uma grande referência.
Beijo grande.